27º DP
bandido preso recanto seguro
Blog do Paulo Roberto Melo
cidades df
combate à dengue
Cursos no Recanto das Emas
economia
Fábio Ávila
feriado
horário de missas
Liliane Roriz
população
Qualificação
Recanto das Emas .net
saúde
segurança
trabalho
Bairro com 22 mil casas
Na mesma semana em que o governo derrubou barracos e desabrigou cerca de 400 famílias na invasão Nova Jerusalém, em Ceilândia, foi registrada parte do maior empreendimento de um programa habitacional. O Parque das Bênçãos, situado em uma área de 700 hectares entre Samambaia e Recanto das Emas, é pensado para ter 24.460 unidades habitacionais, que vão abrigar cerca de 90 mil pessoas. A Rodrigolândia — como é chamado pelos integrantes da lista de moradia do DF, em referência ao governador Rodrigo Rollemberg — é a maior iniciativa do Minha Casa, Minha Vida, programa nacional que repassará o dinheiro para o Morar Bem. Em dezembro do ano passado, foi inaugurado área em Manaus, com 5.384 unidades habitacionais, para 21 mil pessoas.
Segundo o presidente da Terracap, Alexandre Navarro, trata-se de um empreendimento de interesse social. “Nós tiramos pessoas de lugares como a invasão próxima ao Sol Nascente (veja Memória) e oferecemos moradia regular e com todas as condições”, afirma. Navarro acrescenta que o setor habitacional vai gerar 8 mil empregos de forma direta e 21 mil indiretamente.
Até o momento, 50% do parcelamento está registrado no 3º Ofício de Registros Imóveis — o que corresponde à moradia de cerca de 45 mil pessoas, aproximadamente. No total, serão quatro trechos: o 1 e o 2 estão aprovados; o 3 e o 4 ainda devem passar pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), da Secretaria de Gestão de Território e Habitação (Segeth). As residências serão destinadas a famílias que ganham entre um e cinco salários mínimos.
Para o secretário de Gestão de Território e Habitação, Thiago Andrade, as construções ali têm uma função mais ampla que a moradia: a de “interligar” regiões. “Como estratégia de planejamento, Recanto das Emas e Samambaia serão ligadas. Devemos apenas estudar como a mobilidade para fazer a ligação norte e sul: de Taguatinga, Samambaia, Recanto das Emas e Ceilândia até o Gama e a BR-040”, explica. Isso acontecerá com a construção de vias no local. De acordo com a Terracap, o Parque das Bênçãos será cercado e preservará a Área de Preservação Ambiental (APP) que ocupa uma parte do território.
Enquanto as obras não começam, o chef de cozinha Cristiano Freitas, 36 anos, e a vendedora Noelma Neves, 23, inscritos no Morar Bem desde 2012 e habilitados desde maio de 2014, continuam à espera. O casal de Ceilândia mostra impaciência com o andamento do processo. “O problema é que muda o governo, dá um monte de problemas na área e nós continuamos a esperar”, diz Noelma. “Anunciaram que começariam a construir ainda em 2014, mas até agora não temos nada, não sabemos de nada”, emenda Cristiano. Hoje, o deficit habitacional no DF é de 120 mil residências, segundo a Terracap.
Rusgas
Parte da área onde será erguida a nova cidader abriga 24 chacareiros e a Associação dos Moradores da Vargem das Bênçãos tinha contrato com a Fundação Zoobotânica datado dos primórdios da capital federal — o documento dava a permissão para o grupo residir ali. A advogada dos chacareiros, Elza Zaluski, diz que as ações prejudicariam o meio ambiente. “Eles querem construir uma estrada que ligue a BR-060 ao Recanto das Emas. A via passaria em cima de nascentes”, explica.
A produtora rural Jeanete Souza, 58 anos, mora no setor há 29. E contesta os projetos aprovados. Ela lembra a crise hídrica que o Brasil vive para criticar as construções. “O governo quer passar uma estrada entre as nascentes e construir uma cidade em um local onde há Área de Preservação Permanente (APP). Tudo isso em meio à crise hídrica que vive o país”, diz.
Como dona do terreno, a Terracap afirma que vai retirar Janete e os outros chacareiros do local. “Você põe 24 chacareiros contra milhares de pessoas. Não tem como o interesse deles prevalecer sobre o dos inscritos no Morar Bem”, diz Júlio César Reis, diretor técnico e de Fiscalização da agência. “Não vamos indenizá-los pela terra, pois é propriedade da Terracap. O que será feito é avaliar as casas que construíram e o trabalho ali feito e pagar uma quantia sobre isso”, conclui.
Fonte: Correio Braziliense
Via
27º DP
Postagens mais antigas
Vice-presidente da CLDF é favorável às manifestações, mas pondera sobre impeachment
Postagens mais recentes
Promessa de dinheiro na conta
Postar um comentário